Primavera

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019



Hoje faz um ano que você se foi, e junto foi a minha alma e a primavera.
Lembro-me que em meio a primavera tentei colher uma rosa e agarrei seu caule. Insensato! Que Cartola me perdoe, queixei-me da rosa, pois me fizeste sangrar.
Em outra dose de insensatez, podei a rosa, flor em pote d'água: A miragem da escuridão. Morte!
Hoje faz um ano que meu jardim secou, não há mais vida, não há cor. Há apenas um deserto do vazio que ficou.
Não há lágrima que lave o sangue seco sobre a terra, não há milagre que germine do espinho que ficou, outro roseiral. Não há carnaval, nem mesmo primavera.

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